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A representatividade feminina no estudo da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática

Estudar os fenômenos de sub-representatividade feminina nos espaços de produção e reprodução científica tem sido uma das áreas de pesquisa, especialmente quando relacionadas à Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM’s), das docentes Marcella Feitosa (CODAI) e Glauce Guerra (UNIVASF). Mesmo entre crianças mais jovens, a “pessoa cientista” está associada ao gênero masculino. Estudar os fenômenos de inclusão e incentivo para que mais mulheres estejam nas Ciências é importante e urgente por diversos motivos, como o direito ao trabalho, à educação e uma reparação histórica, pois tivemos de lidar com a negação do acesso aos espaços acadêmicos e um ensino excludente.

O artigo intitulado Reforço aos estereótipos de gênero na carreira científica: pseudo-representatividade feminina e a iniciação científica no Ensino Médio, foi aceito para publicação na forma de e-book, no CONGRESSO NACIONAL EM ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA LINGUAGEM. O trabalho está relacionado a área temática “O lugar da mulher na Academia - construção e desconstrução de identidades”. No mesmo evento as docentes participaram como coautoras de mais três trabalho. A pesquisa contribui para a discussão de como os “papéis” de gênero podem se manifestar nas preferências das disciplinas escolares de jovens e como estas e outras situações podem operar na escolha de suas profissões, permanência e possível êxito na carreira científica.

No recorte analisado a maioria das bolsas tem sido concedida a estudantes do gênero feminino, com índice muito próximo do que é encontrado na literatura. Porém, a maioria dos projetos são conduzidos por docentes que não são das áreas relacionadas às Ciências Exatas e da Terra e/ou Engenharia, o que contribui para a reprodução de novas gerações de ilhas científicas essencialmente femininas. Mais preocupante foi constatar que a representatividade feminina de orientadoras (docentes) tem diminuído, além do fato que suas áreas de atuação estão concentradas nas áreas das Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Biológicas e Saúde, reproduzindo também nesse lugar as “ilhas”. Além disso, nas edições do PIBIC-EM em que a maioria dos docentes orientadores era composta por mulheres a maioria das pesquisas não foram conduzidas por essa maioria feminina.

O estudo tem o propósito de sensibilizar, discutir, divulgar e atrair mais docentes das áreas de STEM’s para que ocupem os espaços institucionais de incentivo à carreira científica de outras mulheres, como é o caso do PIBIC-EM. Pretendemos também criar melhores condição para a conquista da equidade de gênero, tanto para discentes quanto para as docentes, afinal é necessário desenvolver uma cultura científica colaborativa, inclusiva e comprometida com a redução das desigualdades históricas, incluindo o compromisso de que sejam elaborados projetos que considerem dos interesses e preferências das docentes e discentes.

 

Sobre o I Congresso Nacional em Estudos Interdisciplinares da Linguagem

O I Congresso Nacional em Estudos Interdisciplinares da Linguagem ocorreu de forma online de 23 a 25 de setembro de 2020, com Conferências, Mesas Redondas, Lançamento de Livros, apresentação de trabalhos na forma de Comunicação Oral, por eixos temáticos.  O evento pautou-se na possibilidade de mobilizar diálogos sobre as experiências interdisciplinares, que discutam de um modo mais amplo os estudos da linguagem, oportunizando aos participantes um espaço para o intercâmbio de novas possibilidades para seus campos de atuação em diferentes segmentos.

 

Sobre as autoras

Marcella Feitosa é docente de Matemática do CODAI-UFRPE, com atuação no Ensino Médio e Técnico Integrado. Tem Coordenado Projetos e iniciativas que permitam conviver com equidade e respeito com toda comunidade do CODAI. É Licenciada em Matemática pela UFRPE (2013), mestra em Biometria e Estatística Aplicada pela UFRPE (2015). E-mail: marcella.fsantos@ufrpe.br

Glauce Guerra é Professora Assistente do curso de Bacharelado de Engenharia de Produção na Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Doutora em Biometria e Estatística Aplicada, pela UFRPE. Realizou estágio sanduíche na UNIVERSIDAD NACIONAL DEL SUR, Bahia Blanca, Argentina no departamento de INGENIERÍA ELÉCTRICA Y DE COMPUTADORAS pelo Programa MINCYT, tendo a CAPES como instituição de fomento. Mestre em Biometria e Estatística Aplicada, pela UFRPE, 2016. Graduada pela UFPE em Bacharel em Estatística, 2014. Atualmente pesquisa sobre a acesso e permanência das mulheres nas áreas de STEM. E-mail: glauce.guerra@univasf.edu.br

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