ufrpe.br 12 de Maio - Dia Internacional das Mulheres na Matemática! | Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas
 

12 de Maio - Dia Internacional das Mulheres na Matemática!

O Dia Internacional das Mulheres na Matemática, 12/05, foi estabelecido em 31 de julho de 2018 por meio de votação no Encontro Mundial de Mulheres em Matemática (WM)². Sua escolha se deu por coincidir com a data de nascimento de Maryam Mirzakhani, que em 2014 se tornou a primeira mulher a ganhar a Medalha Fields (e até hoje a única!). Este prêmio foi conferido pela primeira vez em 1936 e é a maior premiação de quem realiza pesquisa em Matemática. O prestígio de receber a Medalha Fields é equivalente ao de receber o Prêmio Nobel.

No Brasil, menos de 45% dos ingressantes em cursos de Graduação em Matemática são mulheres. Conforme os degraus da carreira científica vão ficando mais elevados, o percentual vai diminuindo e reduz a 15% quando a análise leva em conta os bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Há muitas maneiras de incentivar mais meninas e mulheres a seguirem um percurso exitoso em Matemática como, por exemplo, incentivando a participação na Iniciação Científica, em programas de Monitoria ou ainda, através da participação nas Olimpíadas de Matemática. Se você é estudante no CODAI, é possível participar de algumas delas, como:

 

  • Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
  • Olimpíada Pernambucana de Matemática (OPEMAT).
  • Olimpíada de Matemática dos Institutos Federais (OMIF) – Exclusiva para estudantes de Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio.

 

Há muitas pesquisas no Brasil que tem procurado entender porque a participação e o ganho de premiação nestas Olimpíadas são tão discrepantes quando observados os desempenhos entre os gêneros masculino e feminino. O artigo A matemática brasileira sob a perspectiva de gênero de Carolina Araújo, aponta que no Nível 1 da OBMEP o desempenho de meninas e meninos são muito próximos, porém ao longo do tempo estas diferenças começam a aparecer e os meninos passam a figurar como maioria nas premiações do Nível 3. Algumas pesquisas buscam compreender as causas do desinteresse. Além disso, inúmeras ações vêm sendo desenvolvidas em diferentes regiões do Brasil com o objetivo de incentivar, apoiar e contribuir para que mais meninas, que desejam participar, ocupem o seu espaço.

Um projeto criado nessa perspectiva que vem inspirando as estudantes do CODAI é o Movimento Meninas Olímpicas que “visa incentivar o aumento da participação feminina em olimpíadas científicas”. Ele foi idealizado em 2016 pelas olímpicas Natália e Mariana Bigolin Groff e é coordenado pela Profª Nara Bigolin.

É importante saber que cada Olimpíada tem seu próprio cronograma, estilo de provas, regras para a participação e quantidade de etapas, dentre outros aspectos. Além disso, a promoção de representatividade e igualdade na carreira científica em Matemática passa por acesso à informação, respeito às vontades de cada pessoa e incentivo ao percurso acadêmico sem reforço aos estereótipos de gênero.

Este texto contou com a contribuição das bolsistas do PIBIC-EM Suzany Gomes, que estuda a representatividade feminina nas Olimpíadas de Matemática, e, Yiana Feng que investiga sobre mapeamento e divulgação de ações que ampliam a representatividade feminina em STEM (sigla para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Ambas são orientadas pela professora Marcella Feitosa.

 

Informações

E-mail: marcella.fsantos@ufrpe.br

Nike Sneakers | Nike